domingo, 20 de abril de 2014

Afogados na imanência


Sidney Silveira

O DEVIR É a mais débil epifania da verdade, pois não fixa propriamente nada além do movimento. No devir a realidade liquefaz-se na imanência dos fenômenos — os quais não podem encontrar explicação suficiente em si mesmos. Dissolvido, pois, no devir que coincide com um pragmatismo suicida, não resta ao homem pós-moderno senão perder a consciência histórica. 

A razão é muito simples: a historicidade não é outra coisa senão o vislumbre de pontos estáveis em meio à torrente dos fatos.